Minha pitonisa vem me hipnotiza.
Anjo me encanta.
Quero o teu canto que me alucina,
Esse veneno que cega, e me contamina.
Que não tem remédio,
E pra este mal não quero vacina.
Estrela da manhã,
É bom ouvir Djavan.
Curtir o Francis Hime,
Beber até um Daime, pra ficar contigo.
Quero me entregar e pra te amar,
Exponho minha pele.
Te entrego meu peito, arrisco meu umbigo.
Me infiltro num clã,
E corro perigo.
Kiko Azevedo 20/11/03
sábado, 14 de novembro de 2009
OLHAR DE TOLO
O nosso amor é um encontro de astros.
Um eclipse que cega o olhar dos tolos,
Que teimam em olhá-lo
Sem as lentes da paixão.
Causando um movimento na galáxia.
Ouvem-se os sons deste encontro.
E a melodia provoca a Lua,
Que antes testemunha não resiste.
Tira o vestido prateado,
Toma o Sol em seus braços
E o cobre de beijos.
O calor da cena contagia Mercúrio,
Que pede a Vênus uma canção de amor.
Marte ruborizado se esconde,
Pedindo a Saturno que empreste os anéis
Para selar este romance,
Deixando Netuno gelado de ciúmes.
Urano, testemunha silenciosa,
Convida Júpiter a falar de seus segredos e mistérios.
Plutão permanece sombrio e distante.
E a Terra, sempre alegre,
A tudo assiste muda de inveja,
Se derramando em lágrimas.
Kiko Azevedo 09 / 03 / 2004
Um eclipse que cega o olhar dos tolos,
Que teimam em olhá-lo
Sem as lentes da paixão.
Causando um movimento na galáxia.
Ouvem-se os sons deste encontro.
E a melodia provoca a Lua,
Que antes testemunha não resiste.
Tira o vestido prateado,
Toma o Sol em seus braços
E o cobre de beijos.
O calor da cena contagia Mercúrio,
Que pede a Vênus uma canção de amor.
Marte ruborizado se esconde,
Pedindo a Saturno que empreste os anéis
Para selar este romance,
Deixando Netuno gelado de ciúmes.
Urano, testemunha silenciosa,
Convida Júpiter a falar de seus segredos e mistérios.
Plutão permanece sombrio e distante.
E a Terra, sempre alegre,
A tudo assiste muda de inveja,
Se derramando em lágrimas.
Kiko Azevedo 09 / 03 / 2004
sábado, 17 de outubro de 2009
FOTO
Cumplicidade da esperança criativa,
Antro da política “viva”.A cidade da Esperança que não morre,
Que recria do pó, queixadas e gurias.
Explosão de Lixo e poesia,
Baixo vôo da cultura RH positívo.
Arena de lobos e gaivotas,
Dos conflitos e concertos,
De paraguaios e baianos.
Centro do globo e da música,
Da dança da Vênus cigana.
Boca do lixo, língua de trapo,
Dedo duro que fere as cordas do meu coração,
Violando o interminável e impossível sonho deste “povo esperança”.Kiko Azevedo 11 / 08 / 2002
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
PAU BRASIL
As crianças brincam sob as árvores;
Uns sonham que são generaisE de suas trincheiras
Fazem discursos inflamados
Defendendo o país.
O capitão conduz a nau Catarineta
Cantando o romance de Catirina e Birico,
Alguns falam de um reino encantado
Onde as riquezas são de todos,
Um é o próprio Drummond
No fazer dos versos.
Tem o que ama a princesa mais linda,
E a princesa que ama o plebeu.
Outro incorpora Cícero,
Sobe no banco e discursa longamente
Sobre política e a queda da bolsa.
E ainda chega o Conselheiro
Avisando que o sertão vai virar mar,
Nisso o mais exaltado pede outro tira-gosto:
É picado, feijoada ou chambaril?
Kiko Azevedo 22 / 09 / 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
LIÇÕES
Busco no corpo as imagens da juventude,
O frescor da pele,Os primeiros pelos,
O brilho dos olhos.
Encontro os sonhos,
As primeiras lições,
O despertar do amor,
O desejo.
As cicatrizes,
A busca de caminhos,
As dúvidas.
Os tombos,
Feridas que logo cicatrizam,
Marcas das travessuras.
Os pelos incomodam,
O desejo ainda é forte,
Os olhos brilham mais forte
Pelo encontro do amor.
As lições e os caminhos da vida
Trouxeram o aprendizado
E as cicatrizes.
A pele já dá sinais de cansaço,
Continuo sonhando,
Aprendendo,
Caindo e em dúvida.
KIKO AZEVEDO 01 / 09 / 2009
terça-feira, 1 de setembro de 2009
NOVEMBRO
É Novembro!
Um dia quente de primavera,
É Novembro,
E o fogo do meu peito,
Bastaria para queimar
Todos os canaviais das Alagoas.
Estás longe, finda a tarde.
Nas curvas do Pilar
Lembro as tuas.
Meu peito arde.
É Novembro!
Tua foto é um aceiro,
Não deixa o fogo
Tomar todo meu corpo.
Tua voz um aguaceiro
A contê-lo.
O toque de tua mão,
É banhar-me no Gunga.
Beijar teus lábios,
É mergulhar na Mundaú.
Kiko Azevedo 11 / 2006
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
DOENÇA CONTAGIOSA
Não sou do contra
Apenas não suportoFalsos sorrisos, desejos de bom dia
Quando no íntimo se quer dizer
“Vá à puta que pariu”
Não sei ser político
Pra parecer simpático
Não vim a esse mundo pra agradar
Ora bolas não se pode ser verdadeiro
Dizer o que se pensa é chato
Então serei chato até o dia de minha morte
Chega de falsidade, de querer agradar a todos
Quem agrada a todos está sempre mentindo e fingindo
Está sempre enganando alguém
Principalmente a ele mesmo
Pois não tem convicção do que pensa
Está sempre dizendo: “penso como você”
“Você está certo”, “sabe que você tem razão”
Na ausência do outro vai te dizer
“Ele está errado”
E depois te pedir
“Não diga que falei isso, pra não me comprometer”
Ora, me enojam os hipócritas
As coisas têm que ser ditas
Não para agradar ou desagradar
Mas para que a verdade seja sempre conhecida
Já joguei fora as tais oportunidades da vida
Mas não perdi a oportunidade de falar o que penso
Sempre falo o que me dá na telha
E sei que vou ouvir o que não desejo
Gosto de pessoas que falam na minha lata
Dos meus atos falhos, acho isso bom
As coisas têm que ser assim mesmo
As pessoas só falam a verdade quando têm raiva
Ser autêntico e verdadeiro passou a ser a exceção
Quando deveria ser a regra
Hoje há quem diga que
Uma mentira repetida e dita por muitos
Torna-se uma verdade inegável
Quem fala a verdade nos dias atuais
Não é “politicamente correto” é inconveniente
É visto e tratado como portadores
Do Câncer ou Lepra já foram tratados
Muitos não se aproximavam
E outros diziam: ele tem “a doença”
A verdade deveria ser um mal contagioso
Nasci com este mal
Estou doente e meu caso é terminal
KIKO AZEVEDO 27 / 08 / 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
RECICLE
Faça amor, pratique amor.
O amor é singelo.
Verde, azul, vermelho,
Marrom e amarelo.
É reciclável, reaproveitável, retornável.
É rima rica, é rima nobre.
O amor é eterno.
Ah! O ódio, o ódio é fatal,
Não é plástico, vidro, papel,
Resto de comida, “madeira” ou metal.
É corrosivo, radioativo.
Rima com dor, com rancor e mau humor.
É dispensável e repulsivo.
É rima fraca, é rima pobre,
É finito.
O amor é céu, o ódio é inferno.
O amor é renovável
E pode ser cada vez maior e melhor.
Reduza o ódio e o rancor,
Use o bom humor, um denguinho,
Uma pitada de carinho e muito beijinho.
Transforme tudo em amor
E leve pro seu ninho.
O ódio é finito, o amor eterno.
O amor é céu o ódio inferno.
O amor é luz e doação.
O ódio é mesquinho e esbanja,
É escuridão.
É preto cinza e laranja.
Kiko Azevedo 07 / 2009
TEMPO
O tempo é um rosário de contas
Só se conta o que se viu.
É mais fácil se perceber a distância do tempo
Quando tivermos que contá-lo pro futuro.
Porque o tempo passado,
Parece que nunca existiu
Quando se está no presente.
Ficam apenas as lembranças,
O tempo, esse não conta.
Nem parece que demorou tanto pra chegar.
Contamos em horas as memórias de uma década,
Em uma hora, as histórias de um ano.
Num minuto a volta ao mundo,
Contamos um dia em segundos.
Kiko Azevedo 06 / 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
SANGRIA DE AMOR
De tanto amar, o mar sangra
E deságua em meu peito
Que transborda.
E não há borda que contenha
A sangria deste amor
Que me inunda
De prazer e alegria.
O amor...
O amor, como a chuva
Molha o corpo
Lava a alma.
O barulho nas telhas
E o respingo
Faz dormir e me acalma.
Para amar
Mergulhei nas águas tranqüilas
Do lago do amor.
Pra me banhar e beber
De sua água doce e cristalina.
O meu coração
Rio em cheia de amor
Molha os campos.
Correm suas águas em minhas veias
A força desta enchente me carrega
E deixa nas ribanceiras
Feridas, fotos e lembranças.
Não dá pra segurar
É colher, e amar.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
PAÍS NOTA "SEM"
Nosso país foi aprovado, e é média “Sem”.
É sem mãe, é sem salário, mas tem político salafrário.São os sem pai e os sem direitos, superfaturaram as obras dos prefeitos.
Sem agasalho e sem comida, e tem juiz vida bandida.
É sem teto e sem amor, é o celular e o grampo do senador.
O pobre é o sem razão, no futebol prende o cartola ou o ladrão.
É o sem lar e sem emprego, lá em Brasília é o político pelego.Outro sem grana pra pagar a faculdade, é o congresso da impunidade.
É sem pesquisa na área da medicina, é político, é polícia, é propina.
Um sem cultura e outro sem casa, e a comida é o lixo da Ceasa.
É o sem terra e eu sem dinheiro, e o senador grileiro.É sem escola, é sem merenda, e o trabalhador sem renda.
Sem segurança é a rotina, e mais de cem mortos naquela chacina.
É sem saúde e sem vacina, é a high society e a cocaína.
É político sem vergonha, e o presídio do disk maconha.
Muitos sem pão, e o povo sem esperança, é o coronel comandando a matança.
Nau sem rumo, país sem meta, se há alegria, a “culpa” é do poeta.
Nau sem rumo, país sem meta, se há alegria, a “culpa” é do poeta.
Kiko Azevedo 2003-08-13
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
PONTO DE VISTA
Filhos da rua, filhos da luta.
A cada centavo uma disputa.
Filho sem pai,
Dorme no chão.
Filho sem mãe,
Tem como teto um papelão.
Filho de puta não tem barriga,
A cada pão uma briga.
Filho, um trapo o frio lhe suaviza.
Ganha um troco pra limpar o pára-brisa.
Vive na chuva e dorme na tempestade.
Olho, sigo em frente.
Ligo o ar, subo o vidro e digo pra mim:
Velho ou jovem, não importa a idade,
Isso passa, é só uma brisa.
Kiko Azevedo 02 / 03 / 2005
quinta-feira, 30 de julho de 2009
DIA DE BRANCO
Toco cru pegando fogo.
O sorriso da juíza,
E o filho do coronel.
Com a bênção do cardeal,
Mais um pobre vai pro céu.
Pedra, toga e papel.
Brincar, pra menino rico,
É queimar índio ou mendigo,
Matar bicha ou Manoel.
Índio nu pedindo socorro.
Livre o filho do juiz,
Mais um pobre no espeto.
Vai morrer mais um Galdino,
Pobre morre como inseto.
Pedra, paulada e papel.
Pro pára-choque a puta e a corda,
Engorda a conta do bacharel.
Indignação e vergonha do Bóris,
E a justiça foi pro beleléu.
Kiko Azevedo 27 / 08 / 2004
O sorriso da juíza,
E o filho do coronel.
Com a bênção do cardeal,
Mais um pobre vai pro céu.
Pedra, toga e papel.
Brincar, pra menino rico,
É queimar índio ou mendigo,
Matar bicha ou Manoel.
Índio nu pedindo socorro.
Livre o filho do juiz,
Mais um pobre no espeto.
Vai morrer mais um Galdino,
Pobre morre como inseto.
Pedra, paulada e papel.
Pro pára-choque a puta e a corda,
Engorda a conta do bacharel.
Indignação e vergonha do Bóris,
E a justiça foi pro beleléu.
Kiko Azevedo 27 / 08 / 2004
BRINQUEDO
Sonho de criança é um brinquedo,
E eu feito criança grande, apenas desejo,
Não quero um brinquedo caro, nem precisa ser tão raro.
Só quero um brinquedo seguro
Que brilhe no claro e acenda no escuro.
Quero um brinquedo
Que não funcione com pancada ou corda,
E sim com fricção.
E pra ele durar, tenha que brincar com carinho e atenção.
Pois o amor é brinquedo de encaixe.
Se lhe batem, quebra não aceita emenda.
Pois mesmo que cole,
Basta uma olhada para ver a fenda.
Kiko Azevedo / William Guedes - 08 / 2003
E eu feito criança grande, apenas desejo,
Não quero um brinquedo caro, nem precisa ser tão raro.
Só quero um brinquedo seguro
Que brilhe no claro e acenda no escuro.
Quero um brinquedo
Que não funcione com pancada ou corda,
E sim com fricção.
E pra ele durar, tenha que brincar com carinho e atenção.
Pois o amor é brinquedo de encaixe.
Se lhe batem, quebra não aceita emenda.
Pois mesmo que cole,
Basta uma olhada para ver a fenda.
Kiko Azevedo / William Guedes - 08 / 2003
terça-feira, 28 de julho de 2009
DESEJO
A distância vai se aproximando
Quando olho as imagens em minha mente
Te vejo bem perto
Dentro de meu peito consigo te sentir
Mesmo que meus olhos não te alcancem
Estás ao alcance de minha mão.
Os dias vão passando
O reencontro se avizinha
Voltarei a ti
E breve tocarei tua pele
Mesmo que de leve, invadirei tuas entranhas.
Quero sentir todos teus sabores
Desfrutar teus prazeres
Banhar-me e dormir em ti
Teu seio será meu abrigo eterno
Nele dormirei pra não mais deixá-la.
Kiko Azevedo 27 / 07 / 2009
Quando olho as imagens em minha mente
Te vejo bem perto
Dentro de meu peito consigo te sentir
Mesmo que meus olhos não te alcancem
Estás ao alcance de minha mão.
Os dias vão passando
O reencontro se avizinha
Voltarei a ti
E breve tocarei tua pele
Mesmo que de leve, invadirei tuas entranhas.
Quero sentir todos teus sabores
Desfrutar teus prazeres
Banhar-me e dormir em ti
Teu seio será meu abrigo eterno
Nele dormirei pra não mais deixá-la.
Kiko Azevedo 27 / 07 / 2009
sábado, 11 de julho de 2009
PONTO
Sirley prostituta,
Ora! o filho de corno e puta
Se diverte,
Xinga, cospe e chuta.
Trabalhadora, doméstica,
Sirley’s, Fabiane’s, Goreth’s, índios, travestis,
E as babás dos filhos de puta.
Pra Leandro, Rômulo, Lui ou Luiz.
Domésticas, prostitutas travestis e índios,
Não têm direitos civis.
Por que o filhinho bandido tem pai juiz.
Ponto de ônibus.
Ponto pra elas, chegarem as seis em ponto.
Se estiverem paradas, no ponto ou na rua
Fazem ponto com os travestis.
Se caminham em ruas desertas,
São alvos dos filhinhos de corno
Que lhes dão pontapés e pontos
No peito, rosto e nariz.
Kiko Azevedo 09 / 09 / 2007
Ora! o filho de corno e puta
Se diverte,
Xinga, cospe e chuta.
Trabalhadora, doméstica,
Sirley’s, Fabiane’s, Goreth’s, índios, travestis,
E as babás dos filhos de puta.
Pra Leandro, Rômulo, Lui ou Luiz.
Domésticas, prostitutas travestis e índios,
Não têm direitos civis.
Por que o filhinho bandido tem pai juiz.
Ponto de ônibus.
Ponto pra elas, chegarem as seis em ponto.
Se estiverem paradas, no ponto ou na rua
Fazem ponto com os travestis.
Se caminham em ruas desertas,
São alvos dos filhinhos de corno
Que lhes dão pontapés e pontos
No peito, rosto e nariz.
Kiko Azevedo 09 / 09 / 2007
sexta-feira, 22 de maio de 2009
SÓ
A solidão é companheira exigente,
Que requer exclusividade.
Me isola na roda de amigos,
Teima em não me deixar.
Dorme comigo e me acorda,
Só pra me atormentar.
Oh, companheira egoísta!
Vai embora e me deixa trabalhar.
Vamos marcar nosso encontro,
Pra hoje à noite no bar.
E entre um chopp e outro,
Esperar o sono chegar.
Estás presente em meus sonhos,
E acordas no meu despertar.
Me segues na multidão,
Vais comigo a todo lugar.
Metade de mim está ausente,
És a metade que há.
Kiko Azevedo 05 / 09 / 2003
Que requer exclusividade.
Me isola na roda de amigos,
Teima em não me deixar.
Dorme comigo e me acorda,
Só pra me atormentar.
Oh, companheira egoísta!
Vai embora e me deixa trabalhar.
Vamos marcar nosso encontro,
Pra hoje à noite no bar.
E entre um chopp e outro,
Esperar o sono chegar.
Estás presente em meus sonhos,
E acordas no meu despertar.
Me segues na multidão,
Vais comigo a todo lugar.
Metade de mim está ausente,
És a metade que há.
Kiko Azevedo 05 / 09 / 2003
quinta-feira, 14 de maio de 2009
AMOR ELETRÔNICO
Amor eletrônico,
Amor cibernético
Envia e-mail e beijo internético.
Em tempo real,
O amor virtual.
Um amor passageiro.
Bem na minha tela,
Um amor de novela,
Sem vício e nem cheiro.
Amor de silício,
Medido em gigas.
Amor em silêncio
Sem corpos ou brigas,
Amor de teclado,
É um amor insípido
Concretizado
Só no cristal líquido.
Kiko Azevedo 27 / 07 / 2005
Amor cibernético
Envia e-mail e beijo internético.
Em tempo real,
O amor virtual.
Um amor passageiro.
Bem na minha tela,
Um amor de novela,
Sem vício e nem cheiro.
Amor de silício,
Medido em gigas.
Amor em silêncio
Sem corpos ou brigas,
Amor de teclado,
É um amor insípido
Concretizado
Só no cristal líquido.
Kiko Azevedo 27 / 07 / 2005
INSPIRAÇÃO
Não me cobre a estética.
Pois o verso do coração
Não se prende a métrica,
É pura inspiração.
Foge à frieza sintética,
Faz tremer a perna e suar a mão.
Quebra a barreira estética
Da poesia metódica e simétrica.
Não há rima rica,
Nem poesia nobre.
Se a inspiração é falsa,
Todo verso é pobre.
À inspiração poética,
Não cabe sintaxe,
Hermenêutica ou semântica.
Não segue corrente política,
Filosófica ou romântica.
A poesia viva e dinâmica,
Não é racional ou lógica.
Ultrapassa a gramática,
Não precisa de retórica.
Kiko Azevedo 09 / 09 / 2003
Pois o verso do coração
Não se prende a métrica,
É pura inspiração.
Foge à frieza sintética,
Faz tremer a perna e suar a mão.
Quebra a barreira estética
Da poesia metódica e simétrica.
Não há rima rica,
Nem poesia nobre.
Se a inspiração é falsa,
Todo verso é pobre.
À inspiração poética,
Não cabe sintaxe,
Hermenêutica ou semântica.
Não segue corrente política,
Filosófica ou romântica.
A poesia viva e dinâmica,
Não é racional ou lógica.
Ultrapassa a gramática,
Não precisa de retórica.
Kiko Azevedo 09 / 09 / 2003
quarta-feira, 6 de maio de 2009
AVES E ROSAS
Aves ferem o coração da águia.
Não sei se é efeito especial, coisa de cinema...
Há rosas vermelhas na nuvem branca.
Chega a primavera e contamos as perdas,
O mundo caiu com as gêmeas.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves cortam o deserto,
E em golfadas vomitam o aço
Que fere as montanhas.
Há rosas vermelhas na nuvem amarela.
As gêmeas sumiram e entubaram o deserto.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves de aço que cruzam o Golfo,
E cobrem a noite com a luz amarela
Cuspindo na cara da espada da Assíria.
Há rosas vermelhas na nuvem negra.
Estão bebendo o sangue da Babilônia.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves escuras já rondam a floresta,
Mergulham nas águas,
O que querem elas?
Há rosas vermelhas no verde e amarelo!
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Kiko Azevedo 10 / 10 / 2003
Não sei se é efeito especial, coisa de cinema...
Há rosas vermelhas na nuvem branca.
Chega a primavera e contamos as perdas,
O mundo caiu com as gêmeas.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves cortam o deserto,
E em golfadas vomitam o aço
Que fere as montanhas.
Há rosas vermelhas na nuvem amarela.
As gêmeas sumiram e entubaram o deserto.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves de aço que cruzam o Golfo,
E cobrem a noite com a luz amarela
Cuspindo na cara da espada da Assíria.
Há rosas vermelhas na nuvem negra.
Estão bebendo o sangue da Babilônia.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves escuras já rondam a floresta,
Mergulham nas águas,
O que querem elas?
Há rosas vermelhas no verde e amarelo!
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Kiko Azevedo 10 / 10 / 2003
domingo, 3 de maio de 2009
PALAVRA AUSENTE
A ausência da palavra é doída,
É doida a dor da falta da palavra.
Não falta em mim a palavra dor,
Falta a palavra,
Para falar da inspiração ausente.
Causa dor não poder escrever.
É sofrido não ter palavras para a dor.
Para expressar a angústia,
Da ausência de versos.
Falta sentido para exprimir o sentido.
É angustiante não poder rasgar o peito,
E puxar de dentro um poema.
Não quero uma obra prima,
Apenas versos que digam o que sinto.
Choro a dor da sequidão da fonte.
Apenas choro, choro e choro.
Pois os poetas também são homens, e choram.
Kiko Azevedo 09 / 12 / 2003
É doida a dor da falta da palavra.
Não falta em mim a palavra dor,
Falta a palavra,
Para falar da inspiração ausente.
Causa dor não poder escrever.
É sofrido não ter palavras para a dor.
Para expressar a angústia,
Da ausência de versos.
Falta sentido para exprimir o sentido.
É angustiante não poder rasgar o peito,
E puxar de dentro um poema.
Não quero uma obra prima,
Apenas versos que digam o que sinto.
Choro a dor da sequidão da fonte.
Apenas choro, choro e choro.
Pois os poetas também são homens, e choram.
Kiko Azevedo 09 / 12 / 2003
ESCREVER
Escrever é minha arte,
Faço isto a qualquer sorte.
Não faço pra agradar,
Pra ser belo ou ser forte.
A palavra é minha espada,
Minha vida, o meu norte.
Sua ausência é dolorosa,
Sua falta é a morte.
Kiko Azevedo 01/08/2004
Faço isto a qualquer sorte.
Não faço pra agradar,
Pra ser belo ou ser forte.
A palavra é minha espada,
Minha vida, o meu norte.
Sua ausência é dolorosa,
Sua falta é a morte.
Kiko Azevedo 01/08/2004
TRIÂNGULO
Hoje eu estou aqui pra lhe dizer
Que não tiro um bom som dos instrumentos
Que pareço não ter sentimentos
Que não sei falar de amor
Sei que vejo as coisas de outro ângulo
Quando o assunto é viver
Sei que pareço diferente
Por tocar muito mal triângulo
E amar tanto música quanto gente
Me desculpa também por não ser
Tão perfeito como a maioria
Pois tem gente que ao acordar
Já sabe o que fazer do dia
Eu vou vivendo passo a passo
O que me der na telha faço
Não importa o que vão dizer
Kiko Azevedo 03 / 05 / 2009
Que não tiro um bom som dos instrumentos
Que pareço não ter sentimentos
Que não sei falar de amor
Sei que vejo as coisas de outro ângulo
Quando o assunto é viver
Sei que pareço diferente
Por tocar muito mal triângulo
E amar tanto música quanto gente
Me desculpa também por não ser
Tão perfeito como a maioria
Pois tem gente que ao acordar
Já sabe o que fazer do dia
Eu vou vivendo passo a passo
O que me der na telha faço
Não importa o que vão dizer
Kiko Azevedo 03 / 05 / 2009
sábado, 2 de maio de 2009
ORENY
Zé
Só
Ri.
Pois
É,
Zé
Ri
Por
Opor-se
A
Chorar.
Ria
Zé
Por
Ser
Só
Zé.
Por
Ser
Por
Si
Só
A
Poesia.
Pois
É
Ria
À
Poesia.
Por-se-ia
Você
A
Rir?
Pois
É
Ria.
Ria
Só
Ria.
Pois,
Rir
É
Só
Poesia.
Kiko Azevedo 02 / 05 / 2009
Só
Ri.
Pois
É,
Zé
Ri
Por
Opor-se
A
Chorar.
Ria
Zé
Por
Ser
Só
Zé.
Por
Ser
Por
Si
Só
A
Poesia.
Pois
É
Ria
À
Poesia.
Por-se-ia
Você
A
Rir?
Pois
É
Ria.
Ria
Só
Ria.
Pois,
Rir
É
Só
Poesia.
Kiko Azevedo 02 / 05 / 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
INDULTO
Foi minha pena reduzida,
Pela conduta ao certo.
Liberdade provisória
E um trabalho a céu aberto.
Vem o natal e o ano novo,
Carnaval, futuro incerto.
Quero Natal, já! Hoje!
Não posso deixar pra amanhã.
Demora ônibus ou van,
Melhor fugir de avião.
Pra ter de volta meu povo,
Beijar d’novo meu chão.
Pátria minha, tô de volta,
Do alto vejo tua luz.
Fica pra trás Rio, Macaé,
Quissamã, Carapebus.
Não sou nascido de ti
Mas, sempre te amei de paixão.
Da Redinha a Ponta Negra,
da Esperança ao Cajueiro.
De janeiro a dezembro
Te amo de corpo inteiro.
Sou filho da Santa Cruz,
Do Inharé e do Cruzeiro.
Mas, em ti sou livre, Natal;
Deixo de ser prisioneiro.
Kiko Azevedo 29 / 01 / 2005
Pela conduta ao certo.
Liberdade provisória
E um trabalho a céu aberto.
Vem o natal e o ano novo,
Carnaval, futuro incerto.
Quero Natal, já! Hoje!
Não posso deixar pra amanhã.
Demora ônibus ou van,
Melhor fugir de avião.
Pra ter de volta meu povo,
Beijar d’novo meu chão.
Pátria minha, tô de volta,
Do alto vejo tua luz.
Fica pra trás Rio, Macaé,
Quissamã, Carapebus.
Não sou nascido de ti
Mas, sempre te amei de paixão.
Da Redinha a Ponta Negra,
da Esperança ao Cajueiro.
De janeiro a dezembro
Te amo de corpo inteiro.
Sou filho da Santa Cruz,
Do Inharé e do Cruzeiro.
Mas, em ti sou livre, Natal;
Deixo de ser prisioneiro.
Kiko Azevedo 29 / 01 / 2005
terça-feira, 21 de abril de 2009
TÍTULO DE PROPRIEDADE
Rápido a ordem de reintegração foi cumprida,
O local pareceu praça de guerra.
Pra especulação vai servir a terra,
No Brasil, vale mais a propriedade que a vida.
Rico usa influência da política,
Contra ele a justiça é lenta e lerda.
Os sem tudo morrem na mão da polícia,
Vida de pobre pra justiça é merda.
Cai Dorothy, depois Daniel,
É a floresta de Chico a chorar.
Mais uma força tarefa no papel,
E a matança quem é que vai Pará?
Bota os móveis quebrados no furgão,
Joga esse defunto nojento na vala.
A mulher atira palavras de ordem,
O Estado responde na bala.
Kiko Azevedo 17 / 02 / 2005
O local pareceu praça de guerra.
Pra especulação vai servir a terra,
No Brasil, vale mais a propriedade que a vida.
Rico usa influência da política,
Contra ele a justiça é lenta e lerda.
Os sem tudo morrem na mão da polícia,
Vida de pobre pra justiça é merda.
Cai Dorothy, depois Daniel,
É a floresta de Chico a chorar.
Mais uma força tarefa no papel,
E a matança quem é que vai Pará?
Bota os móveis quebrados no furgão,
Joga esse defunto nojento na vala.
A mulher atira palavras de ordem,
O Estado responde na bala.
Kiko Azevedo 17 / 02 / 2005
TIRO NO PEITO
Na estrada, que susto!
O Russo me acertou no peito.
O tiro veio como sempre te digo,
Acredite sempre em você.
Às vezes temos que olhar
Nosso próprio umbigo.
Mais uma curva,
Mudo de estação.
O dia é frio e silencioso.
Ouço o vôo do Ednard
Em seu Pavão Misterioso.
O tiro foi certeiro.
Se há dor
Não ligo.
Mais uma ultrapassagem,
E sigo pensando em você.
As placas me ultrapassam rapidamente.
Sintonizo melhor,
As Paralelas me enchem olhos e ouvidos.
Meu pensamento permanece.
Acredite em si mesma,
E deixe que eu siga contigo.
Kiko Azevedo 11 / 2006
O Russo me acertou no peito.
O tiro veio como sempre te digo,
Acredite sempre em você.
Às vezes temos que olhar
Nosso próprio umbigo.
Mais uma curva,
Mudo de estação.
O dia é frio e silencioso.
Ouço o vôo do Ednard
Em seu Pavão Misterioso.
O tiro foi certeiro.
Se há dor
Não ligo.
Mais uma ultrapassagem,
E sigo pensando em você.
As placas me ultrapassam rapidamente.
Sintonizo melhor,
As Paralelas me enchem olhos e ouvidos.
Meu pensamento permanece.
Acredite em si mesma,
E deixe que eu siga contigo.
Kiko Azevedo 11 / 2006
HOJE NÃO TENHO NAVIOS
Hoje não tenho navios,
Hoje o mar se fez acima de mim
Com todas as suas relações mortais,
Trovões relâmpagos e coisas de Odin.
Mesmo assim o dia se fez mais bonito
Porque encontrei Kiko
Gente igual a mim.
Navego em mares cegos
Poesias eu deleto
Amores eu entrego
De mãos dadas ao deus dará.
Não importa o que trará o dia
Tormentas, tempestades, amores, sonhos ou dores.
Se tenho a segurança que todo encontro
Tem a possibilidade de festejar
A amizade, música e poesia.
Franklin Mário / Kiko azevedo
Hoje o mar se fez acima de mim
Com todas as suas relações mortais,
Trovões relâmpagos e coisas de Odin.
Mesmo assim o dia se fez mais bonito
Porque encontrei Kiko
Gente igual a mim.
Navego em mares cegos
Poesias eu deleto
Amores eu entrego
De mãos dadas ao deus dará.
Não importa o que trará o dia
Tormentas, tempestades, amores, sonhos ou dores.
Se tenho a segurança que todo encontro
Tem a possibilidade de festejar
A amizade, música e poesia.
Franklin Mário / Kiko azevedo
quinta-feira, 16 de abril de 2009
PAZ SE ESCREVE COM SANGUE
Quantas pombas brancas ainda iremos soltar?
E Danielas Peres ou Silva enterrar?
Quantas camisas brancas iremos usar?
Quantos Robertas ou Edilsons
Ao túmulo iremos levar?
Quantas faixas brancas ainda vamos carregar?
Quantas Lianas ou Felipes
Ainda vamos chorar?
Quantas vezes, a Paz
Apenas no papel ou pano teremos que levar?
De quantas passeatas pela vida vamos participar?
Quantas vezes nossa dor terá que calar?
Quanto sangue das mãos ainda teremos que limpar?
Quantas vezes “justiça”, “justiça”, “justiça”,
Ainda teremos que gritar?
E quantas vezes mais, não irão nos escutar?
Quantas viagens do 174 não irão terminar?
Pela vida de quantos filhos
Ainda teremos que implorar?
Quanta paz com sangue...
Alguém ainda vai ter que escrever?
Kiko Azevedo 24 / 11 / 2003
E Danielas Peres ou Silva enterrar?
Quantas camisas brancas iremos usar?
Quantos Robertas ou Edilsons
Ao túmulo iremos levar?
Quantas faixas brancas ainda vamos carregar?
Quantas Lianas ou Felipes
Ainda vamos chorar?
Quantas vezes, a Paz
Apenas no papel ou pano teremos que levar?
De quantas passeatas pela vida vamos participar?
Quantas vezes nossa dor terá que calar?
Quanto sangue das mãos ainda teremos que limpar?
Quantas vezes “justiça”, “justiça”, “justiça”,
Ainda teremos que gritar?
E quantas vezes mais, não irão nos escutar?
Quantas viagens do 174 não irão terminar?
Pela vida de quantos filhos
Ainda teremos que implorar?
Quanta paz com sangue...
Alguém ainda vai ter que escrever?
Kiko Azevedo 24 / 11 / 2003
sábado, 11 de abril de 2009
A POESIA E A CIÊNCIA
Quem escreve vive a glória
De poder contar uma história
Bem real ou fictícia.
Como um louco da ciência
Usa lápis ou caneta
E o papel como proveta
Onde mistura as letras
Para sua experiência.
Com perícia, paciência e muita sabedoria,
Vai misturando aos poucos
O real e a fantasia.
Uns lhe chamam de simplório
E outros de sapiência.
O mundo é o laboratório,
E a vida é a matéria prima
Para sua experiência.
Entre uma poesia e um conto,
Ou um verso de cordel,
Diminui ou aumenta um ponto,
E derrama no papel,
O fruto de sua ciência.
Seja crônica ou suspense,
Não há quem o leia e não pense,
Este cabra é um grande artista
Dentro de sua ciência.
O escritor conhecido
Vive às vezes só do nome,
Mesmo que o seu trabalho,
Tenha pouca qualidade.
Mas se é desconhecido, coitado;
É triste a realidade,
Ou trabalha ou passa fome.
Vive da ajuda de amigos
Ou divina providência.
Embora o povo confesse,
Que conhece dele a obra,
Mas não conheça o homem.
Mesmo que alguém confesse,
Usando toda decência.
Este cabra é um grande artista.
Dentro de sua ciência.
Kiko Azevedo 23 / 12 / 2003
De poder contar uma história
Bem real ou fictícia.
Como um louco da ciência
Usa lápis ou caneta
E o papel como proveta
Onde mistura as letras
Para sua experiência.
Com perícia, paciência e muita sabedoria,
Vai misturando aos poucos
O real e a fantasia.
Uns lhe chamam de simplório
E outros de sapiência.
O mundo é o laboratório,
E a vida é a matéria prima
Para sua experiência.
Entre uma poesia e um conto,
Ou um verso de cordel,
Diminui ou aumenta um ponto,
E derrama no papel,
O fruto de sua ciência.
Seja crônica ou suspense,
Não há quem o leia e não pense,
Este cabra é um grande artista
Dentro de sua ciência.
O escritor conhecido
Vive às vezes só do nome,
Mesmo que o seu trabalho,
Tenha pouca qualidade.
Mas se é desconhecido, coitado;
É triste a realidade,
Ou trabalha ou passa fome.
Vive da ajuda de amigos
Ou divina providência.
Embora o povo confesse,
Que conhece dele a obra,
Mas não conheça o homem.
Mesmo que alguém confesse,
Usando toda decência.
Este cabra é um grande artista.
Dentro de sua ciência.
Kiko Azevedo 23 / 12 / 2003
quarta-feira, 8 de abril de 2009
CAMPINA DA RIBEIRA
A beira rio, os ribeirinhos e os cangapés.
Vida, barco ao sabor dos ventos e marés.
- Óia o Aratú, o siri!
E o encontro dos países nos cabarés.
Ponto de partida e chegada, poente.
Ponte pra lugar nenhum.
- Óia o caranguejo, avacóra e atum!
Berço e lar de Cascudo,
Com seus governos e guardas.
Notícias na Pernambucana,
Dos gringos e suas fardas.
Cultura no Poly-Theama,
Purrichianas e farras.
Escuridão, sexta feira.
É a Campina a primeira a luzir.
- Canguleiro...
- Óia a pexêra.
E o Alferes a te possuir.
O vai e vem da quarentena, e o boêmio.
O Conde D’eu por aqui.
No leito onde deitou Ava Gardner,
Hoje a justiça a dormir.
Kiko Azevedo 24 / 10 / 2003
Vida, barco ao sabor dos ventos e marés.
- Óia o Aratú, o siri!
E o encontro dos países nos cabarés.
Ponto de partida e chegada, poente.
Ponte pra lugar nenhum.
- Óia o caranguejo, avacóra e atum!
Berço e lar de Cascudo,
Com seus governos e guardas.
Notícias na Pernambucana,
Dos gringos e suas fardas.
Cultura no Poly-Theama,
Purrichianas e farras.
Escuridão, sexta feira.
É a Campina a primeira a luzir.
- Canguleiro...
- Óia a pexêra.
E o Alferes a te possuir.
O vai e vem da quarentena, e o boêmio.
O Conde D’eu por aqui.
No leito onde deitou Ava Gardner,
Hoje a justiça a dormir.
Kiko Azevedo 24 / 10 / 2003
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