O nosso amor é um encontro de astros.
Um eclipse que cega o olhar dos tolos,
Que teimam em olhá-lo
Sem as lentes da paixão.
Causando um movimento na galáxia.
Ouvem-se os sons deste encontro.
E a melodia provoca a Lua,
Que antes testemunha não resiste.
Tira o vestido prateado,
Toma o Sol em seus braços
E o cobre de beijos.
O calor da cena contagia Mercúrio,
Que pede a Vênus uma canção de amor.
Marte ruborizado se esconde,
Pedindo a Saturno que empreste os anéis
Para selar este romance,
Deixando Netuno gelado de ciúmes.
Urano, testemunha silenciosa,
Convida Júpiter a falar de seus segredos e mistérios.
Plutão permanece sombrio e distante.
E a Terra, sempre alegre,
A tudo assiste muda de inveja,
Se derramando em lágrimas.
Kiko Azevedo 09 / 03 / 2004
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