Filhos da rua, filhos da luta.
A cada centavo uma disputa.
Filho sem pai,
Dorme no chão.
Filho sem mãe,
Tem como teto um papelão.
Filho de puta não tem barriga,
A cada pão uma briga.
Filho, um trapo o frio lhe suaviza.
Ganha um troco pra limpar o pára-brisa.
Vive na chuva e dorme na tempestade.
Olho, sigo em frente.
Ligo o ar, subo o vidro e digo pra mim:
Velho ou jovem, não importa a idade,
Isso passa, é só uma brisa.
Kiko Azevedo 02 / 03 / 2005
Nenhum comentário:
Postar um comentário