Não me cobre a estética.
Pois o verso do coração
Não se prende a métrica,
É pura inspiração.
Foge à frieza sintética,
Faz tremer a perna e suar a mão.
Quebra a barreira estética
Da poesia metódica e simétrica.
Não há rima rica,
Nem poesia nobre.
Se a inspiração é falsa,
Todo verso é pobre.
À inspiração poética,
Não cabe sintaxe,
Hermenêutica ou semântica.
Não segue corrente política,
Filosófica ou romântica.
A poesia viva e dinâmica,
Não é racional ou lógica.
Ultrapassa a gramática,
Não precisa de retórica.
Kiko Azevedo 09 / 09 / 2003
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