sábado, 11 de abril de 2009

A POESIA E A CIÊNCIA

Quem escreve vive a glória
De poder contar uma história
Bem real ou fictícia.
Como um louco da ciência
Usa lápis ou caneta
E o papel como proveta
Onde mistura as letras
Para sua experiência.

Com perícia, paciência e muita sabedoria,
Vai misturando aos poucos
O real e a fantasia.
Uns lhe chamam de simplório
E outros de sapiência.
O mundo é o laboratório,
E a vida é a matéria prima
Para sua experiência.

Entre uma poesia e um conto,
Ou um verso de cordel,
Diminui ou aumenta um ponto,
E derrama no papel,
O fruto de sua ciência.
Seja crônica ou suspense,
Não há quem o leia e não pense,
Este cabra é um grande artista
Dentro de sua ciência.

O escritor conhecido
Vive às vezes só do nome,
Mesmo que o seu trabalho,
Tenha pouca qualidade.
Mas se é desconhecido, coitado;
É triste a realidade,
Ou trabalha ou passa fome.
Vive da ajuda de amigos
Ou divina providência.

Embora o povo confesse,
Que conhece dele a obra,
Mas não conheça o homem.
Mesmo que alguém confesse,
Usando toda decência.
Este cabra é um grande artista.
Dentro de sua ciência.

Kiko Azevedo 23 / 12 / 2003

Nenhum comentário:

Postar um comentário