A solidão é companheira exigente,
Que requer exclusividade.
Me isola na roda de amigos,
Teima em não me deixar.
Dorme comigo e me acorda,
Só pra me atormentar.
Oh, companheira egoísta!
Vai embora e me deixa trabalhar.
Vamos marcar nosso encontro,
Pra hoje à noite no bar.
E entre um chopp e outro,
Esperar o sono chegar.
Estás presente em meus sonhos,
E acordas no meu despertar.
Me segues na multidão,
Vais comigo a todo lugar.
Metade de mim está ausente,
És a metade que há.
Kiko Azevedo 05 / 09 / 2003
sexta-feira, 22 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
AMOR ELETRÔNICO
Amor eletrônico,
Amor cibernético
Envia e-mail e beijo internético.
Em tempo real,
O amor virtual.
Um amor passageiro.
Bem na minha tela,
Um amor de novela,
Sem vício e nem cheiro.
Amor de silício,
Medido em gigas.
Amor em silêncio
Sem corpos ou brigas,
Amor de teclado,
É um amor insípido
Concretizado
Só no cristal líquido.
Kiko Azevedo 27 / 07 / 2005
Amor cibernético
Envia e-mail e beijo internético.
Em tempo real,
O amor virtual.
Um amor passageiro.
Bem na minha tela,
Um amor de novela,
Sem vício e nem cheiro.
Amor de silício,
Medido em gigas.
Amor em silêncio
Sem corpos ou brigas,
Amor de teclado,
É um amor insípido
Concretizado
Só no cristal líquido.
Kiko Azevedo 27 / 07 / 2005
INSPIRAÇÃO
Não me cobre a estética.
Pois o verso do coração
Não se prende a métrica,
É pura inspiração.
Foge à frieza sintética,
Faz tremer a perna e suar a mão.
Quebra a barreira estética
Da poesia metódica e simétrica.
Não há rima rica,
Nem poesia nobre.
Se a inspiração é falsa,
Todo verso é pobre.
À inspiração poética,
Não cabe sintaxe,
Hermenêutica ou semântica.
Não segue corrente política,
Filosófica ou romântica.
A poesia viva e dinâmica,
Não é racional ou lógica.
Ultrapassa a gramática,
Não precisa de retórica.
Kiko Azevedo 09 / 09 / 2003
Pois o verso do coração
Não se prende a métrica,
É pura inspiração.
Foge à frieza sintética,
Faz tremer a perna e suar a mão.
Quebra a barreira estética
Da poesia metódica e simétrica.
Não há rima rica,
Nem poesia nobre.
Se a inspiração é falsa,
Todo verso é pobre.
À inspiração poética,
Não cabe sintaxe,
Hermenêutica ou semântica.
Não segue corrente política,
Filosófica ou romântica.
A poesia viva e dinâmica,
Não é racional ou lógica.
Ultrapassa a gramática,
Não precisa de retórica.
Kiko Azevedo 09 / 09 / 2003
quarta-feira, 6 de maio de 2009
AVES E ROSAS
Aves ferem o coração da águia.
Não sei se é efeito especial, coisa de cinema...
Há rosas vermelhas na nuvem branca.
Chega a primavera e contamos as perdas,
O mundo caiu com as gêmeas.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves cortam o deserto,
E em golfadas vomitam o aço
Que fere as montanhas.
Há rosas vermelhas na nuvem amarela.
As gêmeas sumiram e entubaram o deserto.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves de aço que cruzam o Golfo,
E cobrem a noite com a luz amarela
Cuspindo na cara da espada da Assíria.
Há rosas vermelhas na nuvem negra.
Estão bebendo o sangue da Babilônia.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves escuras já rondam a floresta,
Mergulham nas águas,
O que querem elas?
Há rosas vermelhas no verde e amarelo!
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Kiko Azevedo 10 / 10 / 2003
Não sei se é efeito especial, coisa de cinema...
Há rosas vermelhas na nuvem branca.
Chega a primavera e contamos as perdas,
O mundo caiu com as gêmeas.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves cortam o deserto,
E em golfadas vomitam o aço
Que fere as montanhas.
Há rosas vermelhas na nuvem amarela.
As gêmeas sumiram e entubaram o deserto.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves de aço que cruzam o Golfo,
E cobrem a noite com a luz amarela
Cuspindo na cara da espada da Assíria.
Há rosas vermelhas na nuvem negra.
Estão bebendo o sangue da Babilônia.
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Aves escuras já rondam a floresta,
Mergulham nas águas,
O que querem elas?
Há rosas vermelhas no verde e amarelo!
Ave Césares! Aves de aço,
Ave Bush! Ave Osama! Ave Sadam!
Avestruzes!
Kiko Azevedo 10 / 10 / 2003
domingo, 3 de maio de 2009
PALAVRA AUSENTE
A ausência da palavra é doída,
É doida a dor da falta da palavra.
Não falta em mim a palavra dor,
Falta a palavra,
Para falar da inspiração ausente.
Causa dor não poder escrever.
É sofrido não ter palavras para a dor.
Para expressar a angústia,
Da ausência de versos.
Falta sentido para exprimir o sentido.
É angustiante não poder rasgar o peito,
E puxar de dentro um poema.
Não quero uma obra prima,
Apenas versos que digam o que sinto.
Choro a dor da sequidão da fonte.
Apenas choro, choro e choro.
Pois os poetas também são homens, e choram.
Kiko Azevedo 09 / 12 / 2003
É doida a dor da falta da palavra.
Não falta em mim a palavra dor,
Falta a palavra,
Para falar da inspiração ausente.
Causa dor não poder escrever.
É sofrido não ter palavras para a dor.
Para expressar a angústia,
Da ausência de versos.
Falta sentido para exprimir o sentido.
É angustiante não poder rasgar o peito,
E puxar de dentro um poema.
Não quero uma obra prima,
Apenas versos que digam o que sinto.
Choro a dor da sequidão da fonte.
Apenas choro, choro e choro.
Pois os poetas também são homens, e choram.
Kiko Azevedo 09 / 12 / 2003
ESCREVER
Escrever é minha arte,
Faço isto a qualquer sorte.
Não faço pra agradar,
Pra ser belo ou ser forte.
A palavra é minha espada,
Minha vida, o meu norte.
Sua ausência é dolorosa,
Sua falta é a morte.
Kiko Azevedo 01/08/2004
Faço isto a qualquer sorte.
Não faço pra agradar,
Pra ser belo ou ser forte.
A palavra é minha espada,
Minha vida, o meu norte.
Sua ausência é dolorosa,
Sua falta é a morte.
Kiko Azevedo 01/08/2004
TRIÂNGULO
Hoje eu estou aqui pra lhe dizer
Que não tiro um bom som dos instrumentos
Que pareço não ter sentimentos
Que não sei falar de amor
Sei que vejo as coisas de outro ângulo
Quando o assunto é viver
Sei que pareço diferente
Por tocar muito mal triângulo
E amar tanto música quanto gente
Me desculpa também por não ser
Tão perfeito como a maioria
Pois tem gente que ao acordar
Já sabe o que fazer do dia
Eu vou vivendo passo a passo
O que me der na telha faço
Não importa o que vão dizer
Kiko Azevedo 03 / 05 / 2009
Que não tiro um bom som dos instrumentos
Que pareço não ter sentimentos
Que não sei falar de amor
Sei que vejo as coisas de outro ângulo
Quando o assunto é viver
Sei que pareço diferente
Por tocar muito mal triângulo
E amar tanto música quanto gente
Me desculpa também por não ser
Tão perfeito como a maioria
Pois tem gente que ao acordar
Já sabe o que fazer do dia
Eu vou vivendo passo a passo
O que me der na telha faço
Não importa o que vão dizer
Kiko Azevedo 03 / 05 / 2009
sábado, 2 de maio de 2009
ORENY
Zé
Só
Ri.
Pois
É,
Zé
Ri
Por
Opor-se
A
Chorar.
Ria
Zé
Por
Ser
Só
Zé.
Por
Ser
Por
Si
Só
A
Poesia.
Pois
É
Ria
À
Poesia.
Por-se-ia
Você
A
Rir?
Pois
É
Ria.
Ria
Só
Ria.
Pois,
Rir
É
Só
Poesia.
Kiko Azevedo 02 / 05 / 2009
Só
Ri.
Pois
É,
Zé
Ri
Por
Opor-se
A
Chorar.
Ria
Zé
Por
Ser
Só
Zé.
Por
Ser
Por
Si
Só
A
Poesia.
Pois
É
Ria
À
Poesia.
Por-se-ia
Você
A
Rir?
Pois
É
Ria.
Ria
Só
Ria.
Pois,
Rir
É
Só
Poesia.
Kiko Azevedo 02 / 05 / 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
INDULTO
Foi minha pena reduzida,
Pela conduta ao certo.
Liberdade provisória
E um trabalho a céu aberto.
Vem o natal e o ano novo,
Carnaval, futuro incerto.
Quero Natal, já! Hoje!
Não posso deixar pra amanhã.
Demora ônibus ou van,
Melhor fugir de avião.
Pra ter de volta meu povo,
Beijar d’novo meu chão.
Pátria minha, tô de volta,
Do alto vejo tua luz.
Fica pra trás Rio, Macaé,
Quissamã, Carapebus.
Não sou nascido de ti
Mas, sempre te amei de paixão.
Da Redinha a Ponta Negra,
da Esperança ao Cajueiro.
De janeiro a dezembro
Te amo de corpo inteiro.
Sou filho da Santa Cruz,
Do Inharé e do Cruzeiro.
Mas, em ti sou livre, Natal;
Deixo de ser prisioneiro.
Kiko Azevedo 29 / 01 / 2005
Pela conduta ao certo.
Liberdade provisória
E um trabalho a céu aberto.
Vem o natal e o ano novo,
Carnaval, futuro incerto.
Quero Natal, já! Hoje!
Não posso deixar pra amanhã.
Demora ônibus ou van,
Melhor fugir de avião.
Pra ter de volta meu povo,
Beijar d’novo meu chão.
Pátria minha, tô de volta,
Do alto vejo tua luz.
Fica pra trás Rio, Macaé,
Quissamã, Carapebus.
Não sou nascido de ti
Mas, sempre te amei de paixão.
Da Redinha a Ponta Negra,
da Esperança ao Cajueiro.
De janeiro a dezembro
Te amo de corpo inteiro.
Sou filho da Santa Cruz,
Do Inharé e do Cruzeiro.
Mas, em ti sou livre, Natal;
Deixo de ser prisioneiro.
Kiko Azevedo 29 / 01 / 2005
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