Toco cru pegando fogo.
O sorriso da juíza,
E o filho do coronel.
Com a bênção do cardeal,
Mais um pobre vai pro céu.
Pedra, toga e papel.
Brincar, pra menino rico,
É queimar índio ou mendigo,
Matar bicha ou Manoel.
Índio nu pedindo socorro.
Livre o filho do juiz,
Mais um pobre no espeto.
Vai morrer mais um Galdino,
Pobre morre como inseto.
Pedra, paulada e papel.
Pro pára-choque a puta e a corda,
Engorda a conta do bacharel.
Indignação e vergonha do Bóris,
E a justiça foi pro beleléu.
Kiko Azevedo 27 / 08 / 2004
quinta-feira, 30 de julho de 2009
BRINQUEDO
Sonho de criança é um brinquedo,
E eu feito criança grande, apenas desejo,
Não quero um brinquedo caro, nem precisa ser tão raro.
Só quero um brinquedo seguro
Que brilhe no claro e acenda no escuro.
Quero um brinquedo
Que não funcione com pancada ou corda,
E sim com fricção.
E pra ele durar, tenha que brincar com carinho e atenção.
Pois o amor é brinquedo de encaixe.
Se lhe batem, quebra não aceita emenda.
Pois mesmo que cole,
Basta uma olhada para ver a fenda.
Kiko Azevedo / William Guedes - 08 / 2003
E eu feito criança grande, apenas desejo,
Não quero um brinquedo caro, nem precisa ser tão raro.
Só quero um brinquedo seguro
Que brilhe no claro e acenda no escuro.
Quero um brinquedo
Que não funcione com pancada ou corda,
E sim com fricção.
E pra ele durar, tenha que brincar com carinho e atenção.
Pois o amor é brinquedo de encaixe.
Se lhe batem, quebra não aceita emenda.
Pois mesmo que cole,
Basta uma olhada para ver a fenda.
Kiko Azevedo / William Guedes - 08 / 2003
terça-feira, 28 de julho de 2009
DESEJO
A distância vai se aproximando
Quando olho as imagens em minha mente
Te vejo bem perto
Dentro de meu peito consigo te sentir
Mesmo que meus olhos não te alcancem
Estás ao alcance de minha mão.
Os dias vão passando
O reencontro se avizinha
Voltarei a ti
E breve tocarei tua pele
Mesmo que de leve, invadirei tuas entranhas.
Quero sentir todos teus sabores
Desfrutar teus prazeres
Banhar-me e dormir em ti
Teu seio será meu abrigo eterno
Nele dormirei pra não mais deixá-la.
Kiko Azevedo 27 / 07 / 2009
Quando olho as imagens em minha mente
Te vejo bem perto
Dentro de meu peito consigo te sentir
Mesmo que meus olhos não te alcancem
Estás ao alcance de minha mão.
Os dias vão passando
O reencontro se avizinha
Voltarei a ti
E breve tocarei tua pele
Mesmo que de leve, invadirei tuas entranhas.
Quero sentir todos teus sabores
Desfrutar teus prazeres
Banhar-me e dormir em ti
Teu seio será meu abrigo eterno
Nele dormirei pra não mais deixá-la.
Kiko Azevedo 27 / 07 / 2009
sábado, 11 de julho de 2009
PONTO
Sirley prostituta,
Ora! o filho de corno e puta
Se diverte,
Xinga, cospe e chuta.
Trabalhadora, doméstica,
Sirley’s, Fabiane’s, Goreth’s, índios, travestis,
E as babás dos filhos de puta.
Pra Leandro, Rômulo, Lui ou Luiz.
Domésticas, prostitutas travestis e índios,
Não têm direitos civis.
Por que o filhinho bandido tem pai juiz.
Ponto de ônibus.
Ponto pra elas, chegarem as seis em ponto.
Se estiverem paradas, no ponto ou na rua
Fazem ponto com os travestis.
Se caminham em ruas desertas,
São alvos dos filhinhos de corno
Que lhes dão pontapés e pontos
No peito, rosto e nariz.
Kiko Azevedo 09 / 09 / 2007
Ora! o filho de corno e puta
Se diverte,
Xinga, cospe e chuta.
Trabalhadora, doméstica,
Sirley’s, Fabiane’s, Goreth’s, índios, travestis,
E as babás dos filhos de puta.
Pra Leandro, Rômulo, Lui ou Luiz.
Domésticas, prostitutas travestis e índios,
Não têm direitos civis.
Por que o filhinho bandido tem pai juiz.
Ponto de ônibus.
Ponto pra elas, chegarem as seis em ponto.
Se estiverem paradas, no ponto ou na rua
Fazem ponto com os travestis.
Se caminham em ruas desertas,
São alvos dos filhinhos de corno
Que lhes dão pontapés e pontos
No peito, rosto e nariz.
Kiko Azevedo 09 / 09 / 2007
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