Rápido a ordem de reintegração foi cumprida,
O local pareceu praça de guerra.
Pra especulação vai servir a terra,
No Brasil, vale mais a propriedade que a vida.
Rico usa influência da política,
Contra ele a justiça é lenta e lerda.
Os sem tudo morrem na mão da polícia,
Vida de pobre pra justiça é merda.
Cai Dorothy, depois Daniel,
É a floresta de Chico a chorar.
Mais uma força tarefa no papel,
E a matança quem é que vai Pará?
Bota os móveis quebrados no furgão,
Joga esse defunto nojento na vala.
A mulher atira palavras de ordem,
O Estado responde na bala.
Kiko Azevedo 17 / 02 / 2005
terça-feira, 21 de abril de 2009
TIRO NO PEITO
Na estrada, que susto!
O Russo me acertou no peito.
O tiro veio como sempre te digo,
Acredite sempre em você.
Às vezes temos que olhar
Nosso próprio umbigo.
Mais uma curva,
Mudo de estação.
O dia é frio e silencioso.
Ouço o vôo do Ednard
Em seu Pavão Misterioso.
O tiro foi certeiro.
Se há dor
Não ligo.
Mais uma ultrapassagem,
E sigo pensando em você.
As placas me ultrapassam rapidamente.
Sintonizo melhor,
As Paralelas me enchem olhos e ouvidos.
Meu pensamento permanece.
Acredite em si mesma,
E deixe que eu siga contigo.
Kiko Azevedo 11 / 2006
O Russo me acertou no peito.
O tiro veio como sempre te digo,
Acredite sempre em você.
Às vezes temos que olhar
Nosso próprio umbigo.
Mais uma curva,
Mudo de estação.
O dia é frio e silencioso.
Ouço o vôo do Ednard
Em seu Pavão Misterioso.
O tiro foi certeiro.
Se há dor
Não ligo.
Mais uma ultrapassagem,
E sigo pensando em você.
As placas me ultrapassam rapidamente.
Sintonizo melhor,
As Paralelas me enchem olhos e ouvidos.
Meu pensamento permanece.
Acredite em si mesma,
E deixe que eu siga contigo.
Kiko Azevedo 11 / 2006
HOJE NÃO TENHO NAVIOS
Hoje não tenho navios,
Hoje o mar se fez acima de mim
Com todas as suas relações mortais,
Trovões relâmpagos e coisas de Odin.
Mesmo assim o dia se fez mais bonito
Porque encontrei Kiko
Gente igual a mim.
Navego em mares cegos
Poesias eu deleto
Amores eu entrego
De mãos dadas ao deus dará.
Não importa o que trará o dia
Tormentas, tempestades, amores, sonhos ou dores.
Se tenho a segurança que todo encontro
Tem a possibilidade de festejar
A amizade, música e poesia.
Franklin Mário / Kiko azevedo
Hoje o mar se fez acima de mim
Com todas as suas relações mortais,
Trovões relâmpagos e coisas de Odin.
Mesmo assim o dia se fez mais bonito
Porque encontrei Kiko
Gente igual a mim.
Navego em mares cegos
Poesias eu deleto
Amores eu entrego
De mãos dadas ao deus dará.
Não importa o que trará o dia
Tormentas, tempestades, amores, sonhos ou dores.
Se tenho a segurança que todo encontro
Tem a possibilidade de festejar
A amizade, música e poesia.
Franklin Mário / Kiko azevedo
quinta-feira, 16 de abril de 2009
PAZ SE ESCREVE COM SANGUE
Quantas pombas brancas ainda iremos soltar?
E Danielas Peres ou Silva enterrar?
Quantas camisas brancas iremos usar?
Quantos Robertas ou Edilsons
Ao túmulo iremos levar?
Quantas faixas brancas ainda vamos carregar?
Quantas Lianas ou Felipes
Ainda vamos chorar?
Quantas vezes, a Paz
Apenas no papel ou pano teremos que levar?
De quantas passeatas pela vida vamos participar?
Quantas vezes nossa dor terá que calar?
Quanto sangue das mãos ainda teremos que limpar?
Quantas vezes “justiça”, “justiça”, “justiça”,
Ainda teremos que gritar?
E quantas vezes mais, não irão nos escutar?
Quantas viagens do 174 não irão terminar?
Pela vida de quantos filhos
Ainda teremos que implorar?
Quanta paz com sangue...
Alguém ainda vai ter que escrever?
Kiko Azevedo 24 / 11 / 2003
E Danielas Peres ou Silva enterrar?
Quantas camisas brancas iremos usar?
Quantos Robertas ou Edilsons
Ao túmulo iremos levar?
Quantas faixas brancas ainda vamos carregar?
Quantas Lianas ou Felipes
Ainda vamos chorar?
Quantas vezes, a Paz
Apenas no papel ou pano teremos que levar?
De quantas passeatas pela vida vamos participar?
Quantas vezes nossa dor terá que calar?
Quanto sangue das mãos ainda teremos que limpar?
Quantas vezes “justiça”, “justiça”, “justiça”,
Ainda teremos que gritar?
E quantas vezes mais, não irão nos escutar?
Quantas viagens do 174 não irão terminar?
Pela vida de quantos filhos
Ainda teremos que implorar?
Quanta paz com sangue...
Alguém ainda vai ter que escrever?
Kiko Azevedo 24 / 11 / 2003
sábado, 11 de abril de 2009
A POESIA E A CIÊNCIA
Quem escreve vive a glória
De poder contar uma história
Bem real ou fictícia.
Como um louco da ciência
Usa lápis ou caneta
E o papel como proveta
Onde mistura as letras
Para sua experiência.
Com perícia, paciência e muita sabedoria,
Vai misturando aos poucos
O real e a fantasia.
Uns lhe chamam de simplório
E outros de sapiência.
O mundo é o laboratório,
E a vida é a matéria prima
Para sua experiência.
Entre uma poesia e um conto,
Ou um verso de cordel,
Diminui ou aumenta um ponto,
E derrama no papel,
O fruto de sua ciência.
Seja crônica ou suspense,
Não há quem o leia e não pense,
Este cabra é um grande artista
Dentro de sua ciência.
O escritor conhecido
Vive às vezes só do nome,
Mesmo que o seu trabalho,
Tenha pouca qualidade.
Mas se é desconhecido, coitado;
É triste a realidade,
Ou trabalha ou passa fome.
Vive da ajuda de amigos
Ou divina providência.
Embora o povo confesse,
Que conhece dele a obra,
Mas não conheça o homem.
Mesmo que alguém confesse,
Usando toda decência.
Este cabra é um grande artista.
Dentro de sua ciência.
Kiko Azevedo 23 / 12 / 2003
De poder contar uma história
Bem real ou fictícia.
Como um louco da ciência
Usa lápis ou caneta
E o papel como proveta
Onde mistura as letras
Para sua experiência.
Com perícia, paciência e muita sabedoria,
Vai misturando aos poucos
O real e a fantasia.
Uns lhe chamam de simplório
E outros de sapiência.
O mundo é o laboratório,
E a vida é a matéria prima
Para sua experiência.
Entre uma poesia e um conto,
Ou um verso de cordel,
Diminui ou aumenta um ponto,
E derrama no papel,
O fruto de sua ciência.
Seja crônica ou suspense,
Não há quem o leia e não pense,
Este cabra é um grande artista
Dentro de sua ciência.
O escritor conhecido
Vive às vezes só do nome,
Mesmo que o seu trabalho,
Tenha pouca qualidade.
Mas se é desconhecido, coitado;
É triste a realidade,
Ou trabalha ou passa fome.
Vive da ajuda de amigos
Ou divina providência.
Embora o povo confesse,
Que conhece dele a obra,
Mas não conheça o homem.
Mesmo que alguém confesse,
Usando toda decência.
Este cabra é um grande artista.
Dentro de sua ciência.
Kiko Azevedo 23 / 12 / 2003
quarta-feira, 8 de abril de 2009
CAMPINA DA RIBEIRA
A beira rio, os ribeirinhos e os cangapés.
Vida, barco ao sabor dos ventos e marés.
- Óia o Aratú, o siri!
E o encontro dos países nos cabarés.
Ponto de partida e chegada, poente.
Ponte pra lugar nenhum.
- Óia o caranguejo, avacóra e atum!
Berço e lar de Cascudo,
Com seus governos e guardas.
Notícias na Pernambucana,
Dos gringos e suas fardas.
Cultura no Poly-Theama,
Purrichianas e farras.
Escuridão, sexta feira.
É a Campina a primeira a luzir.
- Canguleiro...
- Óia a pexêra.
E o Alferes a te possuir.
O vai e vem da quarentena, e o boêmio.
O Conde D’eu por aqui.
No leito onde deitou Ava Gardner,
Hoje a justiça a dormir.
Kiko Azevedo 24 / 10 / 2003
Vida, barco ao sabor dos ventos e marés.
- Óia o Aratú, o siri!
E o encontro dos países nos cabarés.
Ponto de partida e chegada, poente.
Ponte pra lugar nenhum.
- Óia o caranguejo, avacóra e atum!
Berço e lar de Cascudo,
Com seus governos e guardas.
Notícias na Pernambucana,
Dos gringos e suas fardas.
Cultura no Poly-Theama,
Purrichianas e farras.
Escuridão, sexta feira.
É a Campina a primeira a luzir.
- Canguleiro...
- Óia a pexêra.
E o Alferes a te possuir.
O vai e vem da quarentena, e o boêmio.
O Conde D’eu por aqui.
No leito onde deitou Ava Gardner,
Hoje a justiça a dormir.
Kiko Azevedo 24 / 10 / 2003
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